terça-feira, 2 de abril de 2013

Mercantilismo

   O período das praticas mercantilistas  é considerado pelos marxistas como a época na qual os países europeus teriam realizado a acumulação primitiva de capitais necessários à implantação do Capitalismo, ou seja, a  fase pré-capitalista, na qual as atividades mercantilistas são indispensáveis ao acúmulo de capitais.
   A burguesia, classe social emergente, estava investindo nas atividades comerciais. Como a demanda por produtos estava em alta, a burguesia resolveu investir na produção manufatureira para impulsionar a produção e consequentemente seus lucros, o que se confirma através da Revolução Industrial e com ela a consolidação do Capitalismo.
   Mas o que foi o mercantilismo enquanto prática econômica? Foi um conjunto de medidas que se estabeleceram de formas variadas e  de acordo com interesses de cada  Estado europeu. Tinham em comum a necessidade da intervenção estatal nas atividades econômicas para garantir estabilidade e proteção à economia nacional.
  Os governantes europeus do século XV a XVIII, foram firmes na intervenção dos rumos da economia de seus países, diferenciando-se na prática intervencionista de acordo com as necessidades de cada Estado, já que os países apresentavam atividades econômicas diferenciadas no que se refere à fonte principal de lucros.
   De uma forma geral, ter uma balança comercial favorável era objetivo de todos. As estratégias para se chegar a esse equilíbrio é que marcaram as diferenças. Os países europeus eram concorrentes entre si e instituíram o valor de que "a riqueza do Estado dependia da quantidade de metais preciosos que ele acumulasse". Então, desenvolveu-se a concepção do metalismo como principio básico do Mercantilismo.
A acumulação de ouro e prata passa a ser objetivo de todos os governos, que planejam encontrar terras no ultramar, de onde era possível extrair metais. 
   Como as novas terras já estavam nas mãos de Portugal e Espanha, buscou-se outras formas para se obter esses metais, como por exemplo o desenvolvimento manufatureiro visando o comércio local e externo, evitando as importações e incentivando as exportações.
   Os principais modelos de praticas mercantilistas aplicadas pelos países europeus foram: o bulionismo, baseado no acúmulo de metais extraídos das colonias espanholas e na medida do possível, das colonias portuguesas; o comercialismo, adotado pelos ingleses, tinha como meta dificultar as importações e facilitar as exportações; o industrialismo ou colbertismo, praticado pelos franceses que apostaram no desenvolvimento das manufaturas de artigos de luxo; o cameralismo, praticado pelos reinos alemães, que unificaram seus recursos num tesouro comum.
   Em síntese, o acumulo de metais preciosos, a posse de territórios coloniais, balança comercial favorável, intervenção do Estado na economia, protecionismo alfandegário e o exclusivo comercial são as caracteristicas básicas do Mercantilismo, conjunto de práticas econômicas que vigoraram em países da Europa ocidental de meados do século XV a meados do século XVIII. Práticas que variaram de país para país, mas que tinham em comum o objetivo de fortalecer o Estado, em aliança com setores comerciais.

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