domingo, 20 de abril de 2014

Os Estados Unidos no período entreguerras

Família de lavradores fugidos da seca que atinge o estado de Oklahoma acampados em estrada da Califórnia, em 1936  Imagem Daqui
Se para as potências europeias da Tríplice Entente  a Primeira Guerra Mundial trouxe pesados prejuízos, para os Estados unidos significou um grande impulso para o desenvolvimento econômico.
O país conquistou os tradicionais mercados consumidores de produtos europeus durante a guerra. Os bancos norte-americanos emprestaram mais de 10 bilhões de dólares aos países da Tríplice Entente.
O rápido crescimento da produção e os lucros do comércio exterior fizeram subir a inflação e uma breve crise econômica, principalmente nos anos 1920-1921 quando a economia europeia começou a recuperar a produção e o comércio internacional.
Com os democratas no poder a partir de 1920, a economia recuperou-se. A produção industrial cresceu em ritmo acelerado, ampliou-se o crédito e inúmeros produtos apareceram e se transformaram em bens largamente consumidos, como o automóvel, o radio, os aparelhos domésticos, dentre outros.
Os meios de comunicação, especialmente o cinema, difundiram o modo de vida norte-americano, principalmente para a América Latina onde os Estados Unidos iniciaram um processo de substituição da Inglaterra no domínio econômico e da França no campo cultural.
A manutenção da economia em crescimento e sem a intervenção do Estado conduziu os Estados Unidos a uma nova crise em 1929. Chegou-se há uma superprodução, aumentando os estoques e faltando compradores. As empresas começaram a demitir funcionários, o desemprego reduziu os salários e fez o mercado consumidor retrair-se.
A crise chegou ao campo, faltava consumidores para os produtos agrícolas e a ruína atingiu os fazendeiros que na maioria dos casos foram abrigados a entregarem suas terras aos bancos para saldar dividas. 
A queda dos preços nas ações da bolsa de Nova York acelerou a crise. A redução dos lucros de muitas empresas levou os acionistas a venderem seus títulos, transformando-os novamente em dinheiro. Tudo começou no dia 24 de outubro de 1929, a chamada "quinta-feira negra", e acrise espalhou-se pelo mundo, provocando falências de empresas, desvalorização da moeda, desemprego, inflação e revolta contra os governos.
Diante de tamanha dificuldade o governo norte-americano decidiu intervir na economia do país. Afinal, eram mais de 100 mil empresas fechadas , dezenas de bancos falidos, 12 milhões de desempregados, baixíssimos salários, favelas surgindo nas cidades, milhares de mendigos vagando pelas ruas, camponeses sem rumo pelas estradas. Uma grande depressão econômica, que trazia junto, uma grande tensão social.
Em 1932 foi eleito o presidente Franklin Roosevelt. Sua intervenção econômica recebeu o nome de New Deal e representou uma profunda mudança administrativa no país. Concedeu empréstimos aos fazendeiros endividados e promoveu a construção de obras públicas que empregaram milhares de trabalhadores. Como resultado houve a diminuição do desemprego, o aumento da massa salarial e do consumo, levando ao retorno do funcionamento de muitas empresas falidas pela crise.
Roosevelt utilizou o rádio como instrumento de apoio a suas medidas. Transformou o partido democrata em porta-voz da população pobre e discriminada. Sua popularidade cresceu tanto que, exerceu a Presidência por três mandatos consecutivos.
A política   do New Deal fortaleceu o poder do governo federal, atribuindo ao presidente autoridade suficiente para enfrentar de forma rápida e eficaz crises futuras.
Adaptado de VILLA, Marco Antônio e FURTADO,Joaci Pereira. Caminhos da História. São Paulo, ática, 2002, 1ªed. P. 175-178.  

Dica para leitura: 
http://virtualiaomanifesto.blogspot.com.br/2009/10/quebra-da-bolsa-de-nova-york-em-1929.html


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