quinta-feira, 7 de março de 2013

O renascimento comercial e urbano europeu

   No período conhecido entre os séculos V e X, grande parte dos europeus ocidentais passou a viver em pequenas comunidades rurais cercadas por florestas e ligadas entre si por estradas quase desertas, frequentadas por ladrões e lobos. Essas aldeias produziam quase tudo o que consumiam, dependendo pouco do comércio para suprir suas necessidades. São os feudos.
   Com o passar do tempo, a maior parte das terras e de seus habitantes passou a ser controlada pelos senhores feudais. Muitos senhores eram nobres guerreiros que moravam em castelos e se encarregavam da segurança local. Mas, a igreja também possuía feudos. Os grandes mosteiros e abadias cristãos eram responsáveis pela produção cultural em grande parte de Europa ocidental.
Igreja e nobres exploravam o trabalho dos camponeses, que, em troca do uso da terra, da proteção de seus bens e de suas almas, deviam entregar boa parte do que produziam aos senhores.
   Esse sistema começou a mudar a partir do século XI, com o renascimento do comércio, das viagens e com o intenso crescimento das cidades. Grandes rotas comerciais passaram a cruzar mares e continentes, religando as regiões isoladas, e provocaram muitas das mudanças sociais, políticas e culturais.
   As cidades passaram a crescer em tamanho e população, renovadas com um comércio intenso, fazendo circular mercadorias, notícias, conhecimentos, idéias políticas e sociais. Uma nova classe social, a burguesia, surgiu e transformou a economia.
  A partir do século XI, o aumento do consumo de mercadorias trazidas de regiões distantes, fez a circulação de moedas renascer e passar a fazer parte da vida cotidiana dos europeus. Para facilitar as transações comerciais, foi adotado um padrão de moedas bimetálico: ouro e prata. As transações comerciais em dinheiro fizeram surgir os bancos, com os primeiros estabelecimentos tendo surgido em Florença.
   Com o renascimento comercial e o crescimento das cidades, muitas atividades se transferiram para as cidades, inclusive as culturais e religiosas. Abadias, mosteiros, universidades...
   Nas cidades os artesãos e os comerciantes se associavam para proteger os seus interessas, garantindo qualidade e organização na produção. Essas associações chamavam-se corporações de ofício ou guildas. 

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