A gravura mostra Lutero no púlpito, a direita, divulgando suas idéias reformistas. |
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Fatores
religiosos, transformações políticas, econômicas, sociais e intelectuais,
ocorridos na Europa, durante a transição do mundo medieval para a idade
moderna, tiveram um papel relevante nos acontecimentos que levaram à Reforma Religiosa no século XVI.
No aspecto
político, o processo de formação das Monarquias Nacionais acentuou a consciência
nacional. Os príncipes alemães viam a Igreja como uma potência estrangeira e os
Papas justificavam-se afirmando a supranacionalidade da autoridade da Igreja ,
enquanto a dos reis era de caráter nacional.
Economicamente, a
acumulação de capitais, gerada pela revolução comercial, tornava-se realidade.
A burguesia formada por homens empreendedores, não aceitava
a condenação ao lucro, a usura e aos juros. A Igreja pregava a moderação econômica
, o justo preço, o justo salário. Tais teorias entravam em choque com os ideais
burgueses.
Do ponto de vista
religioso, a corrupção em alguns setores da Igreja, especialmente, entre o alto
clero, despreparados para assumir condutas dentro da fé, da moral e da educação
religiosa, era evidente. Podemos destacar como exemplos dessa vida desregrada: a venda e a veneração de relíquias e a vida escandalosa do alto clero que viva no
luxo, na ostentação e nem sempre respeitavam os votos de castidade.
Reforma e Renascimento
se entrelaçaram no que diz respeito à interpretação dos textos bíblicos dentro
do principio da individualidade. Muitos teóricos renascentistas propunham uma
menor obediência ao clero e uma maior proximidade com o Cristo dentro de uma
disciplina regada pelo amor ao próximo, a verdade e a fé.
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